FIXANDO OS LIMITES: O PAPEL DO GOVERNO NA PESQUISA AGRÍCOLA
Resumo
Este artigo focaliza o papel do setor público na pesquisa agrícola, tendo como referencial básico as contribuições relevantes da teoria econômica, que trata da racionalidade e dos retornos dos investimentos neste tipo de pesquisa. Focaliza também a questão da propriedade intelectual, confrontada com o conhecimento disponível sobre a economia do processo de inovação, concluindo que, apesar das mudanças direcionadas para a redução da intervenção do Estado no mundo globalizado atual, o setor público continuará exercendo papel importante na pesquisa agrícola. No caso brasileiro, os investimentos do setor privado em pesquisa agrícola são muito baixos, sendo citada a falta de um sistema de patentes como uma das causas desse subinvestimento. Outra questão abordada refere-se às prioridades do financiamento público, que devem estar direcionadas para a geração de conhecimentos que o setor privado não se sinta estimulado a produzir. Tais prioridades devem ser consistentes com as necessidades da sociedade e com os recursos humanos e financeiros disponíveis.
SETTING THE LIMITS:THE ROLE OF THE GOVERNMENT IN AGRICULTURAL RESEARCH
ABSTRACT
The article focuses on the role of the public sector in agricultural research, having as its basic reference point the relevant contributions of economic theory which deals with the rationality and the returns on investiments in this type of research. It also focuses on the question of intellectual property, confronted with the available knowledge on the economics of the innovation process, concluding that, in spite of the changes directed towards a reduction in State intervention in the present globalized world, the public sector will continue playing an important role in agricultural research. In the Brazilian case, investments by the private sector in agricultural research are very low, with the lack of a patent system being cited as one of the causes of this subinvestment. Another question which arises refers to the priorities of public financing which would be directed to the generation of knowledge which the private sector does not feel stimulated to produce. Such priorities should be consistent with the necessities of society and with the human and financial resources available.
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PDFDOI: http://dx.doi.org/10.35977/0104-1096.cct1997.v14.8977