REFLEXÕES SOBRE A ECONOMIA POLÍTICA AGRÁRIA NO FINAL DO SÉCULO XX

Resumo

A chamada "nova sociologia rural" representou a linha divisória mais significativa no desenvolvimento da sociologia rural norte-americana e européia durante as décadas de setenta e oitenta. Entretanto, argumenta-se que a nova sociologia rural, particularmente suas tradições dominantes Chayanovianas e Marxista neoleninista, foi agora quase que totalmente superada por uma posição teórica na economia política agrária consubstanciada em regimes alimentares internacionais, cadeias alimentares, análises de sistemas, sistemas de regulação e redes internacionais de atores resultantes da globalização. Além disso, a escola "Wageninguiana" pesquisa sobre "formas agrícolas" e "viradas culturais" dentro de sociologia rural e estudos rurais que surgiram, em parte, como desafios para as formas estruturalistas do raciocínio dentro da economia política agrária. Também são discutidas tendências paralelas na sociologia de desenvolvimento. O artigo conclui com uma avaliação dos pontos fortes e fracos desta economia política agrária do final de século, com a chamada nova sociologia rural dos anos 70 e 80.

SOME REFLECTIONS ON LATE TWENTIETH CENTURY AGRARIAN POLITICAL ECONOMY
ABSTRACT
The "new rural sociology" arguably represented the most significant watershed in the development of North American and European rural sociology during the 1970s and 1980s. I argue, however, that the new rural sociology, especially its dominant traditions of Chayanovian and neo-Leninist Marxism, has now been almost entirely superseded as a theoretical position in agrarian political economy by the international food regimes, commodity chains/systems analysis, regulationist, and actor-network traditions. In addition, Wageningen School research on "farming styles" and the "cultural turn" within rural sociology and rural studies have arisen, in part, as challenges to the more structuralist styles of reasoning within agrarian political economy. Parallel trends in the sociology of development are also discussed. The paper concludes with an appraisal of the strengths and weaknesses of these new late twentieth century traditions in agrarian political economy, particularly in comparison with the new rural sociology.