O Lavrador e posseiro da ciência - Uma publicação sobre as complexas relações entre informação, conhecimento e desenvolvimento no Brasil atual
Resumo
Construir uma obra coerente e sólida exige perseverança e competência. Essas duas qualidades não se praticam sem dedicação e entrega. Na busca do conhecimento, a vontade não basta. A dedicação obedece a critérios metodológicos que qualificam o produto do trabalho, evitando vieses do engajamento ideológico sempre presente, mas supostamente controlado, ou dosado, pela vigilância e o espírito científico. O esforço para entender o processo de marginalização, construção e persistência de categorias sociais como o campesinato na Amazônia, particularmente no Estado do Pará, é a tônica que se identifica com clareza em toda a obra do professor Jean Hébette. Essa escolha, em si mesma, denuncia seu compromisso e sua concepção de mundo. A dialética fundamenta e ilumina sua práxis e norteia sua elaboração e exposição teórica. Trabalhando e convivendo com categorias sociais empobrecidas e marginalizadas no campo e na cidade, interagindo com elas, sua produção científica amadurece ao longo dos anos de reflexão escrita e debatida nos diversos fóruns possíveis e comuns à prática acadêmica. Adquiriu legitimidade e serve de parâmetro tanto para intelectuais comprometidos com o ensino e a pesquisa quanto para profissionais engajados na ação em organismos governamentais e na sociedade civil. A prova disso está na enorme quantidade de vezes em que aparece citado, nacional e internacionalmente, em trabalhos acadêmicos e pela frequência com que participa de eventos de natureza diversa, na qualidade de convidado, como conferencista, debatedor, mediador, orientador e membro de bancas examinadoras de teses de doutorado, dissertações de mestrado e de comitês científicos.
Palavras-chave
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PDFDOI: http://dx.doi.org/10.35977/0104-1096.cct2007.v24.8646