Tratamento de efluentes da indústria de papel por microfiltração e ultrafiltração

Bruna Mulinari Cabral, Carlos Magno de Sousa Vidal, Eraldo Antonio Bonfatti Júnior, Elaine Cristina Lengowski, Dimas Agostinho da Silva, Umberto Klock, Alan Sulato de Andrade

Resumo


Na produção de papel é gerado um efluente com elevada carga orgânica, e apenas os tratamentos convencionais não são capazes de remover toda essa carga. Em face desse problema, esta pesquisa teve como objetivo avaliar e comparar a aplicação de membranas filtrantes de microfiltração e ultrafiltração no tratamento de água branca da indústria do papel. Foram realizados ensaios numa unidade piloto de microfiltração e ultrafiltração para uma análise comparativa posterior das eficiências aparentes de remoção de cor, DQO e turbidez do efluente, e o fluxo de permeado nas diferentes tecnologias de filtração também foi avaliado. As membranas utilizadas têm o mesmo comprimento de fibra (26 cm), diâmetro de fibra (25 mm) e área de filtração (0,09 m²); contudo, o diâmetro médio dos poros é diferente: 0,4 μm em membranas de microfiltração e 50 kDa em membranas de ultrafiltração. Os resultados obtidos indicaram que a microfiltração e a ultrafiltração apresentam alta eficiência na redução dos parâmetros estudados: 97% de remoção de cor aparente para ambas as tecnologias, 78,26% de DQO para MF, e 82,75% para UF e 99% de turbidez para ambas. A principal diferença entre esses dois métodos de filtração está no fluxo de permeado, que é significativamente maior em MF, indicando que, com essa tecnologia, é possível tratar um maior fluxo de efluentes sem perder eficiência. 


Palavras-chave


Cor aparente; DQO; efluentes; fabricação de papel; turbidez.

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DOI: http://dx.doi.org/10.35977/0104-1096.cct2022.v1.26897