VILAS RURAIS NA AMAZÔNIA ORIENTAL: O NORDESTE PARAENSE EM QUESTÃO

Laiane Bezerra Ribeiro, Dalva Maria da Mota, Ketiane dos Santos Alves

Resumo


O objetivo deste artigo é analisar a relação entre a formação histórica, localização e infraestruturas em vilas rurais na região produtora de dendê no Nordeste Paraense. Não obstante a importância das vilas como referência de pertencimento, raramente elas constituem objeto de análise na região mais antropizada do estado. A pesquisa foi realizada por meio de um estudo exploratório em 21 municípios produtores de dendê. Neste universo, a amostra foi de 10% das vilas, ou seja, um total de 341 vilas. Foram realizadas entrevistas semiestruturadas com atores-chave (antigos moradores e lideranças). As principais conclusões mostram a relação direta entre a formação, localização e infraestruturas das vilas. As vilas do Tipo 1 (com um centro) e do Tipo 3 (na margem dos cursos d’água) têm melhores infraestruturas porque são mais antigas, comportam maior número de habitantes com maior estabilidade para ali permanecerem, e dispõem de organizações sociais que pressionam o poder público em favor das suas demandas. As vilas do Tipo 2 (com casas espalhadas) são as que menos dispõem de infraestruturas pela dispersão das residências. As do Tipo 4 (ao longo das estradas) são as mais recentes e menos estáveis em decorrência dos fluxos migratórios que comportam porque são predominantemente constituídas por assalariados.

Palavras-chave


comunidades, dendeicultura, Nordeste Paraense, povoados

Texto completo:

PDF


DOI: http://dx.doi.org/10.35977/0104-1096.cct2017.v34.26383