A PNATER COMO MECANISMO DE JUSTIÇA SOCIAL PARA A AGRICULTURA FAMILIAR
Resumo
Este artigo tem por objetivo debater as questões atinentes entre a prática da intervenção social e o discurso que envolve o uso de técnicas participativas como forma de promover a agroecologia e reconhecer os agricultores familiares como atores centrais da Política Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural (PNATER). O conceito de participação vem-se consolidando no campo de estudos dos métodos, em que se constitui como instrumento significativo – utilizado nos processos de intervenção –, que visa a mudança social e auxilia a tomada de decisão dos públicos envolvidos nas ações de desenvolvimento rural. Metodologicamente, o artigo foi elaborado com base em revisão bibliográfica e na percepção dos autores durante as discussões que envolveram a equipe de trabalho de campo, do Núcleo de Desenvolvimento Territorial (NEDET). Na análise dos dados, recorremos à teoria da justiça social de Nancy Fraser e seu princípio de paridade participativa. Entre os resultados, postula-se que associar o conceito de participação ao exercício da ideia de justiça social pode incomodar os profissionais “românticos”, que veem no uso das técnicas participativas a solução para validar o processo político de tomada de decisão.
Palavras-chave
ATER, agroecologia, desenvolvimento rural, políticas públicas, diagnóstico rural participativo