SEMIÁRIDO NORDESTINO: CONSIDERAÇÕES SOBRE O DISCURSO DAS QUESTÕES E A QUESTÃO DO DISCURSO

Elisa Guedes Duarte

Resumo


Os desafios que se impõem ao estudo de um documento como esse encontram-se na própria natureza multidimensional dele. Trata-se de um texto poético, com todas as características de sonoridade, lirismo e fantasia típicos da literatura de cordel, muito cara aos nordestinos e querida por brasileiros de outras regiões. Tem, como fio condutor da narrativa, a missão e a metodologia do Instituto Nacional do Semiárido (Insa), um órgão do Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT) implantado em Campina Grande, Paraíba, como parte de uma política pública do governo federal para promover o desenvolvimento sustentável da região do Semiárido. Assim, ao assumir os referidos desafios, foi necessário assumir também a necessidade de estudar a estrutura poética do cordel e a complexa questão física, social, econômica e cultural da região contemplada, bem como as antigas e as atuais tendências das políticas públicas para o desenvolvimento territorial. Dessa forma, esta resenha circula por saberes tão diversos, que se torna tarefa quase impossível classificá-la, a não ser informando que pode interessar a quem queira conhecer a criatividade que, obrigatoriamente, envolve o diálogo entre os saberes popular e científico, como diz o próprio presidente do Insa no prólogo de “Outra visão, outro sertão”.

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DOI: http://dx.doi.org/10.35977/0104-1096.cct2011.v28.16594